Na
fidelidade construir o meu sim, tendo-Te como o Senhor e centro da minha vida.
Ser para o mundo o luzeiro e ao dissabor o devido tempero... quero
adorar-Te pequenino e frágil, mas também em cada capela e altar, onde Tua
presença é real e verdadeira, no sacrário, no irmão que habitas. Ali é o meu
Santo dos Santos, agora não tenho diante de mim a Arca da Aliança, não mais
ofereço holocaustos, mas da mesma forma posso adorar-Te. Pedes-me misericórdia,
entrega e fidelidade... oblação, comprometimento, serviço e alegria. Que de mim
irradie a alegria, fruto da contemplação. Que meu ser dobre-se, diante da
manjedoura, da cruz e do altar... pois nascestes, viestes por amor me salvar!
Naquela
noite de teu nascimento, não havia ao Teu redor uma grande multidão, não estava
ali um exército de adoradores. Naquela noite tinhas a companhia sempre certa de
Tua mãe e Teu nobre pai sempre fiel e zeloso, ao Teu lado.
Pregando no templo, quantos
atentavam-se às Tuas palavras? Ao contrário, eram rejeitadas e procuravam
motivos para acusar-Te. Sempre
submisso, indefeso e envolto de sabedoria era o Teu servir.
Na Cruz, quem sabe
não eram semelhantes às do nascimento, as Tuas memórias... Ali sim, havia uma
multidão..., mas também não formavam um exército de adoradores. Poucos contemplavam e entendiam o Teu sacrifício. Rasgou-se o Véu e o céu em trevas ficou. Foi semelhante à sensação que se tinha antes do Teu nascimento. O pecado trouxe as trevas e nasceu a Luz do mundo.
Hoje formarmos um exército dos que lutam para estar contigo, para reviver e dar sentido ao Teu nascimento, à Tua morte e Ressurreição... nem conseguimos, mas não desistimos da luta, pois és Espírito, e devemos adorá-Lo em Espírito e em verdade! Ser uma multidão que reconhece o Teu senhoril e os poucos que como Maria permanecem sempre ao Teu lado.
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